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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Microsoft Surface - Outro pretenso iPad killer?

Com o surgimento do Surface da Microsoft, mais um concorrente entra nesse jogo de muitos milhões de dólares que a Apple domina com seu iPad. Obviamente a Microsoft tem cacife para abocanhar um naco desse enorme mercado.

Microsoft Surface em imagem de divulgação.
As vendas de PC vêm caindo vertiginosamente e o tablet é seu principal algoz. Mais uma vez, os experts apontam esse lançamento como algo que pode fazer a diferença. Concordo com isso. Pode fazer sim! Porém, antes de qualquer coisa, quem compra um tablet vai se preocupar com o que poderá fazer com ele. A fase do brinquedo com utilidade questionável já passou e quem conhece o ecossistema da Apple, dificilmente migraria pra um desconhecido. Quem usa, sabe que terá atualizações para seu sistema operacional, exceto em alterações de hardware mais profundas. Não existe nenhum compromisso formal nesse sentido, mas é assim. Milhares de desenvolvedores criam aplicativos para o iOS, o sistema dos seus iDevices e responsável por uma usabilidade quase perfeita.

Com o Android da Google, a história é mais chatinha. Existem várias versões do sistema e ainda são customizados por cada empresa que o utiliza. Eu  pelo menos nunca consegui atualizar o SO do meu smartphone LG (e nem vou tentar). Por exemplo, quando o Xoom da Motorola foi lançado, a empresa focou muito em seu hardware poderoso. Na época era sim. Era superior ao do iPad do momento. Só que a questão não é essa. Qualquer um que entre no mercado, precisa apresentar algo muitas vezes superior ao seu principal concorrente para pelo menos despertar interesse. A MS mostrou um aparelho aparentemente bem construído com bom hardware e um teclado físico, que deve facilitar muito a utilização do dispositivo. É inegável que um teclado desses faz falta em alguns momentos num iPad. Mesmo com um virtual bastante aceitável, a digitação de textos longos não é agradável. O que mais chamou a atenção, entretanto é a multitarefa. A possibilidade de utilizar vários programas simultaneamente no Surface. Isso sim é interessante e muito útil. Timidamente vão surgindo aplicativos para a plataforma da empresa de Redmond e devem aumentar a medida que suas vendas aqueçam, principalmente na época de final de ano. Sem dúvida controlar hardware e software, dão teórica vantagem a MS frente aos Android. Um complicador está na questão de seu espaço para armazenamento e demonstra um equívoco da empresa ao salientar o preço do Surface RT de 32GB igual o do iPad de 16GB. Por conta de aplicativos embarcados e um sistema de desktop adaptado que parece sofrer de obesidade, o modelo com Windows RT e 32GB, efetivamente deixa 16 livres,  Na versão de 64GB o problema diminui um pouco. Ai são 45GB para o feliz proprietário, como informa a tabela abaixo disponibilizada no site da empresa.

Com informações da Microsoft

Nessa a MS apanha feio do iOS e do Android que ocupam muito menos espaço em seus dispositivos. Além dessa característica indigesta para o bolso, após seu lançamento foram reportados muitos problemas como teclados descolando e sistema de áudio entrando em pane e parando de funcionar. Ainda que a Microsoft tenha sido ágil na substituição dos aparelhos defeituosos, isso assusta sobremaneira possíveis interessados.