Ultimamente, analistas de várias partes do mundo vem decretando 2012 como o fim do PC como o conhecemos. Será? As vendas desses vem caindo mês a mês, enquanto as de seu maior algoz, o tablet só crescem. Também as intenções de compra por todos os cantos. Recentemente a HP, ainda a maior fabricante de PCs do mundo anunciou a ideia de sair desse negócio por ver seus números cada vez mais magros. A empresa ainda protagonizou uma das maiores trapalhadas comerciais desse ano ao lançar seu tablet, o TouchPad. Com sistema operacional WebOS (egresso da compra da Palm), o gadget da HP foi retirado de produção em pouco mais de um mês após o início de comercialização, criando insegurança, frustração e revolta em quem apostou em sua solução. Não bastasse isso, posteriormente ao anúncio da descontinuação do produto, promoveu sua venda com desconto que o tornaram atraente, o que obrigou a fabricante a produzir mais peças pelo aquecimento das vendas. Uma verdadeira lambança!
Conversando com amigos do ramo de eletro-eletrônicos, tive a confirmação de minha impressão. Esse fim de ano deve ser dos tablets, assim como 2010 foi dos netbooks. Vários fabricantes entraram em campo tentando abocanhar um naco desse nicho criado pela Apple com seu iPad, o sonho de consumo da maioria. Hoje dispomos de opções interessantes, entretanto considero o iPad imbatível por uma série de questões que apenas o Amazon Fire tem condições de enfrentar. Embora o equipamento da gigante do comércio eletrônico seja inferior tecnicamente ao iPad2, a Amazon dispõe de um ecossistema que agrega conteúdo e se assemelha ao da Apple. Esses diferenciais distanciam bastante os dois de outros fabricantes. Uma opção de peso seria o tablet que o Google prepara com a grife Nexus, ainda assim para meados de 2012. Essa novidade poderia ser fabricada pela Motorola, recentemente adquirida pelo Google, diferente do smartphone Galaxy Nexus, que produz em parceria com a HTC. Enquanto o iPad2 lidera com folga o setor, o Fire, vem ganhando espaço e as informações de bastidores que seus custos de produção são praticamente idênticos aos de comercialização, confirmam o interesse da Amazon em vender serviços. Como a Apple tem sua iTunes Store, onde domina a venda de músicas em meio digital e recentemente agregando seu serviço de armazenamento remoto, o iCloud, a empresa de Jeff Bezos tem o Amazon Cloud Driver e Amazon Cloud Player. O primeiro permite armazenar conteúdo em nuvem e o segundo é um player desse material digital que pode ser acessado de qualquer dispositivo, bastando naturalmente uma conexão de internet de boa qualidade. A briga é de gigantes e mesmo alguns grandes nomes do ramo vêm sendo deixados pra trás como a Asus, a criadora do netbook, que anunciou com grande estardalhaço seu EeePad Transformer, um tablet com teclado opcional que ligado ao aparelho o transforma em netbook. Os números de vendas não são conhecidos, no entanto a empresa de Taiwan ganhou um processo judicial com o lançamento do novo modelo, o Transformer Prime, devido ao uso indevido do nome, pertencente à fabricante de brinquedos americana Hasbro. O Prime da Asus é equipado com um processador Tegra3 da NVidia e possui quatro núcleos, sendo o primeiro com essas características. Na verdade, todos os concorrentes da Apple focam no hardware para diferenciar seus produtos. Porém, mais que em qualquer categoria de equipamentos, nos tablets, a experiência de uso é o mais importante. Nesse quesito, a da empresa da maçã é excepcional. O casamento de seu iOS com um hardware adequado e aplicativos em profusão, fazem toda diferença.
Assim como existem funções perfeitas para um tablet, existem outras que não podem realizar como edição de material digital pesado ou gestão de sistemas em grandes empresas, por exemplo. Antes de sua existência ou popularização o netbook era o que existia de mais prático no quesito mobilidade. Essa máxima foi muito expandida com o tablet que entre outras conveniências nunca está totalmente desligado. Enquanto um PC convencional demora até 1 minuto para estar pronto para uso, num tablet esse tempo é praticamente inexistente. Além disso, tem autonomia de bateria para um dia inteiro de trabalho. Um grande diferencial na produtividade móvel.
Obviamente que o PC não será extinto e sim adaptado, mas o tablet deve vitimar o netbook. Fabricantes como Dell, já anunciaram sua saída desse mercado, apostando num outro nicho também descoberto pela Apple com seu MacBook Air. O dos notebooks ultra finos e que a Intel, mentora da ideia, denominou ultrabook. Igualmente a Acer entrou nessa, embora permaneça com os netbooks. Outra briga de gente grande! Com informações da internet.