Sou fã do Cirque Du Soleil desde a primeira vez que vi um espetáculo, nem lembro quando. Como a maioria deve saber, existem várias montagens que circulam pelo mundo anualmente e outras residentes.
Na cidade que nunca dorme, Las Vegas ficam; The Beatles LOVE, The Mystère, O, Cris Angel Believe e Kà. Em Nova Iorque, Zumanity; La Nouba na Disney americana e outra no Japão. Totalizando 23 montagens, onde cada uma conta uma história absolutamente singular como a Viva ELVIS em homenagem ao rei do rock, também estacionada em Las Vegas. Tive o enorme privilégio de assistir Saltimbanco em sua temporada no Brasil há alguns anos. Confesso que durante o espetáculo dei uma cochilada, não por tê-lo achado enfadonho. De forma nenhuma! A noite estava muito fria e eu bastante cansado. Entretanto, admito que achei mais interessante quando vi esse mesmo show em vídeo. Explico; No início acontecem performances em pontos diferentes do palco e é impossível naturalmente prestar atenção em tudo. Em vídeo você assiste como o diretor quer que seja visto. Esse foi apenas um dos motivos para não me animar com a apresentação de Quidam em SSa em 2009. Desde seu anúncio, sinceramente não entendi a inclusão da minha cidade adotiva (ainda que compulsoriamente) na turnê pelo país. Em São Paulo, por exemplo, o circo permanece por 30 dias ou mais, com funções quase diárias e considerando os preços dos ingressos, não via Salvador com público para isso. Minha impressão se confirmou quando várias apresentações foram canceladas justamente por falta de audiência, mesmo com uma agenda de meros 17 dias em solo baiano. Agora em 2012, o circo volta ao Brasil e a Salvador com Varekai, uma montagem inédita entre nós e que eu gostei bem mais que Quidam, que acho excessivamente triste. Esperemos que as questões financeiras do evento tenham sido equacionadas.Existe porém, uma apresentação do Cirque pouco conhecida, chamada Midnight Sun. Esse espetáculo foi gravado nas ruas do centro de Montreal, Canadá em 2004, por ocasião do 20º aniversário do circo em um único dia e obviamente, só existe em vídeo. Tradicionalmente o grupo criado pelo canadense Guy Laliberté, utiliza em seus projetos, músicos que interagem com as performances dos artistas. Em Midnight Sun essa máxima foi ampliada com a participação de vários cantores de renome como a baiana Daniela Mercury, em duas apresentações bastante impactantes, o senegalês Youssou N'Dour e a cantora e violoncelista franco-canadense Jorane entre outros. Esse show merece ser assistido por quem ainda não viu. Para mim a parte mais emocionante é a apresentação da canadense Francesca Gagnon, a cantora branca em Alegria, outro espetáculo muito famoso do Circo Do Sol, cantando a música tema de mesmo nome, com um coro de 200 mil pessoas. Os seis minutos do vídeo abaixo, apesar da baixa qualidade, valem muito a pena.
