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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O crescimento (um tanto artificial) do Google+. A guerra social foi declarada!

Há alguns dias trocava comentários com um amigo pelo Facebook, acerca de uma postagem que fez sobre a evolução de contas ativas no Google+, a rede social da gigante de buscas que pretende desbancar a do Mark Zuckerberg....

Observando a tabela que postou (ao lado), numa primeira olhada, fica patente a pujança do Google+, frente a outros mais antigos e conhecidos no mercado como o Twitter e a enorme diferença em relação ao Pinterest, por exemplo. Desses, o mais assemelhado aos dois no conceito de rede social. Numa análise simples em tais números, um usuário mais desatento ao mercado, pode aceitar esses do Google como reais. Na verdade são. Lógico! A questão toda é como o Google os obteve. Hoje muitas empresas de grande porte ao montarem estratégias de marketing digital não consideram o Google+ e sim o Twitter e sempre o Facebook em suas ações. No caso do Facebook, a escolha é óbvia. É o de maior alcance e visibilidade, mas pelo que vemos a do Google também deveria ser incluída. Por que motivo não é em muitos casos? Simples... Qualquer analista de marketing social conhece o artifício utilizado pelo Google para arregimentar usuários para sua rede. A empresa de Larry Page e Sergey Brin adotou a prática de impor o cadastro em sua rede social para simplesmente fazer um comentário no YouTube, seu serviço de streaming de vídeo. Da mesma forma que nos muitos serviços que possui, atualmente a utilização desses passa por essa obrigatoriedade. Como mantenho dois blogs no Blogger e contas no YouTube, fui obrigado a fazer um cadastro nessa rede que se não gostava, passei a detestar por conta dessa imposição. Certo que é uma empresa privada e a adoção aos seus serviços é da livre escolha de cada um. Porém, é impossível caminhar na net que conhecemos sem muitos desses serviços que o Google detém. Por esse motivo, seus números a primeira vista tão expressivos, podem não sê-lo em realidade.

Fiz uma pequena enquete entre 15 amigos sobre o assunto. Dois utilizam rotineiramente a rede (13%); 5 tem cadastro por imposição (33%) e os oito restantes não conheciam o Google+, embora tenham lido algo a respeito (53%). Apesar de um número pequeno de pessoas, meus amigos, são em sua maioria ligados a tecnologia ou quando não, procuram ficar antenados. Sei que essa pesquisa não é representativa, mas mostra uma tendência. Que o Facebook já há algum tempo dá sinais de fadiga é inegável. O desinteresse é cada vez maior entre os jovens, seus primeiros usuários, que o tem abandonado e migrado para plataformas mais rápidas como o Twitter, Instagram e mais fortemente o Whatsapp, onde não sofrem monitoramento dos mais velhos. Outro agravante é a adoção dos famigerados aplicativos de jogos e outros fins para tentar a rentabilização do negócio. E é nesse ponto que o Google+ pode levar vantagem em não precisar desse tipo de expediente para sobreviver. Por outro lado, sua política de imposição é no mínimo perigosa. Conquista um número expressivo? Verdade. Contudo, excetuando seus gestores, ninguém sabe que parcela desse contingente efetivamente utiliza o serviço. Diferente do Facebook sem nenhum mecanismo dessa natureza. Todas as suas adesões são espontâneas, o que torna sua posição bastante sólida (nesse momento).

O Orkut abriu um caminho e o Facebook iniciou a pavimentação. Agora uma novidade nessa área seria interessante, com soluções inovadoras e atrativos num serviço que entenda e favoreça a mobilidade, questão que não vejo contemplada no Google+. O social network é móvel! Com informações de dustn.tv.