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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Os super heróis e seus bilhões

Assim como na vida, combater o crime na ficção é algo perigoso e caro e ser herói, anda cada vez mais complicado... Se o(a) pretendente ao cargo não é um(a) alienígena com poderes especiais como o Superman; um 'semiDeus' como o Thor; uma princesa amazona como a Mulher Maravilha ou teve a 'sorte' de passar por  alguma experiência bizarra que lhe deu força e resistência sobre-humanas como o Capitão América, pode se candidatar a algum acidente físico-químico (o mais comum) como os sofridos pelo Flash, SpidermanHulk ou o Demolidor.

SER o homem morcego custa caro...
Certo! Mas se o candidato não atender nenhuma das opções e ainda assim quiser fazer parte desse clube, faz o que? Dinheiro costuma resolver bem essa questão. Muito desse na verdade. Exemplos não faltam. Mesmo quem não curte séries de TV animadas ou live action sempre soube que o Batman, diferente do seu contemporâneo Homem de Aço, não tem super poderes. Em lugar, seu alter-ego Bruce Wayne torra alguns milhões dos seus muitos bilhões com um monte de bat-brinquedos que fazem inveja até a seus arqui-inimigos. Porém, o Homem Morcego não está sozinho nessa. Além do Homem de Ferro, criação do bilionário Tony Stark (da Marvel Comics), dentro de casa mesmo, a DC Comics que detém os direitos do vigilante de Gothan City, habita outro que utiliza sua fortuna pessoal para financiar seu combate ao crime... Oliver Queen, que durante o dia comanda uma grande corporação familiar e a noite, corre atrás de bandidos na fictícia Starling City como o Arqueiro Verde.

Essa é a figura principal da série Arrow, produzida pela Warner Bros e levada ao ar pela rede americana The CW, já em segunda temporada. Por conta do ócio que me abate nessa época do ano e após ler uma crítica interessante num site canadense, peguei alguns episódios para assistir. Canadá aliás, país de origem do protagonista, o ator Stephen Amell que confirmando a leitura, moldou um convincente Arqueiro numa série com elenco afinado e muitíssimo bem produzido. O bom momento do ator se mostra na forma de três rumores surgidos recentemente: O de que estaria com essa personagem no próximo filme Batman vs Superman; O de que poderia ser o sétimo 007*, sucedendo Daniel Craig e um último, sem dúvida insólito, de que teria falecido. Esse tipo de rumor infelizmente é comum no meio artístico americano com estrelas em ascensão.

*Curiosidade: No final dos anos 60, enquanto ainda estrelava a série televisiva Batman, o ator Adam West foi convidado pelos produtores de James Bond para substituir o australiano George Lazenby que não agradou a crítica inglesa incorporando o célebre espião. Contudo, West declinou do convite por receio dessa mesma crítica, pelo fato de ser americano.

Nessa adaptação feita para a TV,  o que achei mais curioso foi a semelhança com outro personagem famoso da rival Marvel Comics. Em Arrow, o principal vilão Malcolm Merlyn/Arqueiro Negro é pai do melhor amigo do herói e morto por esse. É verdade que o Homem-Aranha não mata o Duende Verde/Norman Osborn, mas leva a fama. E se não bastasse essa coincidência, o triângulo amoroso que atormentou o super aracnídeo, também deu as caras em Starling City. E mesmo com a morte dos herdeiros do mal nas duas histórias, a relação dos mascarados com suas escolhidas continuou enrolado.

Coincidências assim costumam ter nome e nesse caso provavelmente é Marc Guggenheim. Um dos roteiristas e produtor de Arrow, que antes desse projeto, trabalhou em outros da Marvel como Homem-Aranha em HQ. O fato é que esse seriado caiu no gosto do público, aficionados pelo gênero ou não e torço para que continue em mais algumas temporadas com a boa evolução de personagens como os ótimos John Diggle e a Felicity Smoak, ou mesmo os do lado negro. Afinal o que importa é uma boa diversão. Com informações de vortexcultural.com.br.