Após um determinado ex-presidente abrir as importações de veículos no Brasil (proibidas até então), o pai da namorada na época contou orgulhoso que havia comprado um importado por estar cansado das "carroças nacionais" e inquiri qual..... Um Laika da Lada! Lembro dessa passagem sempre que questionam (por gostar muito do assunto), sobre os relógios da Invicta que vem invadindo os trópicos, não sei exatamente como, nem por que.
Fundada na Suíça em 1837, a marca nunca figurou entre as grandes daquele país. Fabricou até sua mudança para os EUA nos anos 90 produtos honestos, porém de primeiro preço. O que chama mais a atenção na Invicta, é sua opção de design. Muitos de seus modelos são espalhafatosos, enormes e de gosto bastante duvidoso. Bem ao agrado de alguns igualmente extravagantes artistas da música, cujo estilo é ostentar acessórios de dimensões exageradas. Talvez por isso, tenha caído no gosto de alguns muitos e um exemplar com movimento chinês ou japonês que custa na origem US$300,00, chega no país via caminhos escusos a absurdos US$1000,00 (ou mais), como o 6118 Reserve Collection, acima.
Naturalmente com esse aquecimento do interesse, falsários enxergam lucro fácil e sem dúvida muitas peças a venda no Brasil são toscas falsificações. Nem me refiro ao mercado das tais réplicas, como os adeptos da pirataria denominam as cópias das grandes grifes. Mesmo com os originais, o problema é pagar um valor razoável num produto inflacionado, mal acabado e na maioria dos casos, feio. Assim como meu ex-sogro estaria melhor servido por um Monza nacional, o pretendente a um relógio de qualidade, poderia optar por um Mido; Tissot ou Bulova. Marcas de bom padrão que satisfazem até os mais exigentes. Possuo um modelo de cada fabricante desses em minha modesta coleção em que não pretendo incluir um Invicta.
