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domingo, 25 de maio de 2014

Disputa acirrada no streaming de conteúdo...

Como muitos, recebo constantemente propostas do meu provedor de internet para incluir no pacote que adotei, o serviço de televisão. Num passado longínquo assinei a DirecTV (recentemente comprada pela gigante da telefonia móvel americana AT&T por mais de 48 bilhões de dólares). Na época, era a única opção no país e custou um bom dinheiro. Anos mais tarde, com o crescimento desse mercado e o surgimento da Sky, usei esse serviço por algum tempo.

Mudanças na vida e na forma de consumir conteúdo, fizeram com que não assista mais televisão. Algo que não sei o por que, causa admiração em algumas pessoas. Como curto muito filmes, seriados e shows musicais, habituei a colecionar os preferidos. Primeiro em Laser Disc e depois em DVD. Antes mesmo desse último formato apresentar sinais de fadiga, migrei toda a filmoteca para meio digital e desse para um Media Center onde também mantenho perto de 60GB de músicas em qualidade de CD (quase a totalidade, ripados da minha coleção antes de, com tristeza, descartá-los), outros tantos em videoclips e alguns milhares de fotografias. Inclui ao meu sistema de áudio e vídeo, além de um Blu-Ray, um Apple TV, o dispositivo de streaming de conteúdo criado por Steve Jobs e definido pelo próprio, como uma brincadeira.


Quando descobri essa pequena maravilha (à esquerda), fiquei impressionado com sua simplicidade de utilização e conceito. Logo após comprar meu aparelho, presenteei outro a meus filhos que o caçula, naquele momento com 10 anos, instalou sem nenhuma dificuldade. Com esse dispositivo, mais uma vez a empresa da maçã abriu um caminho e a concorrência não tardou em criar suas versões.

O Fire TV
Ainda que a maioria tenha acompanhadoApple no formato físico do seu device, alguns como o recém anunciado Fire TV da Amazon apresentam maior capacidade computacional. O set-top box da empresa de Jeff Bezoz tem processador quad-core e 2GB de memória, enquanto outros como o Roku 3 trazem um dual-core embarcado e 512MB de RAM. Ambos superiores ao processador A5 de 1GHz e núcleo único, fabricado pela Samsung que equipa a Apple TV de terceira geração. O produto da Amazon que tem custo previsto de US$99,00 no mercado americano, se destaca também por suportar um joypad para games (vendido a parte). Esse, aliado ao controle remoto com microfone que permite comandos de voz para busca de conteúdo, são um diferencial de peso nessa briga.

Assim como vemos nos serviços de TV por assinatura, o conteúdo dos set-top box são assemelhados. O Fire TV, o Roku 3 e a Apple TV  tem em comum; Netflix, YouTube, Hulu Plus, Vimeo e Crackle. Amazon também disponibiliza o seu Amazon Instant Video (presente no Fire) para o Roku 3É importante lembrar que desses dispositivos, o único comercializado no Brasil é o da Apple (R$399,00) que para nosso país não inclui até o momento o Hulu ou HBO. Entre essas três opções, a Apple TV tem uma funcionalidade que pelo menos para mim, faz toda a diferença... A capacidade de executar via sua tecnologia AirPlay, conteúdo de outros dispositivos como um iPhone, iPadiPod touch ou mesmo material gravado em máquinas Windows, ai sendo imprescindível o uso do iTunes como tocador. Para isso, basta que estejam na mesma rede sem fio. Posso ouvir músicas do PC pela Apple TV, enquanto rola uma apresentação aleatória das fotos que mantenho no Flickr, como proteção de tela. Isso pode parecer bobagem para alguns, mas é interessante para um fotógrafo amador quando quero mostrar algum trabalho. Melhora! Qualquer conteúdo, uma vez espelhado via AirPlay na Apple TV, é comandado por seu pequeno controle remoto. Seja de um PC com iTunes ou de dispositivos iOS. O controle aliás é alvo de críticas por conta de suas dimensões minimalistas o que segundo alguns limita a existência de mais funções a comandar. Não vejo dessa forma e para mim atende perfeitamente. Tenho inúmeros amigos que possuem esse device e outros como um iPhone ou iPad. Para esses, é necessário apenas baixar gratuitamente na loja da marca  o app Remote que permite o controle da caixinha da maçã de uma forma mais confortável. O aplicativo é dotado de um teclado virtual que facilita a busca de conteúdo no YouTube, por exemplo. Com tantos predicados e expertise, brigar com a Apple não será simples para nenhum desses set-top box. No entanto, a Amazon tem cacife pra isso.

Por seu turno, o Roku 3, ainda que não existam informações de que venha a ser comercializado no país, tem um atrativo bacana. Seus projetistas incluíram no controle remoto (ao lado) uma interface para fones de ouvido (que acompanham o produto) e ao ser usado, automaticamente interrompe o som da TV, dando privacidade e preservando o descanso de quem está por perto.

O pequeno e estiloso Chromecast
Outra opção badalada em streaming de conteúdo da grande rede, deve chegar entre nós em breve, o Chromecast do Google. Um pouco diferente dos set-top boxes e lançado em meados do ano passado nos EUA onde custa US$35,00, o pequeno aparelho pode ser uma opção para quem não possui uma Smart TV e gostaria. O dongle, muito parecido com um PenDrive, não dispõe de um controle remoto (precisa de um aplicativo específico instalado num dispositivo AndroidiOSWindows ou Mac OS X para controlá-lo por wi-fi). Quem o vê pela primeira vez e na maioria das publicações a respeito, é levado a crer que basta espetá-lo numa porta HDMI e pronto. O que intrigou foi a questão da sua alimentação elétrica, já que essa interface não tem essa característica. O Chromecast é alimentado através de uma porta mini USB alocada na extremidade oposta à HDMI. Sua alimentação pode ser feita diretamente numa USB do próprio televisor ou por adaptador elétrico que o acompanha. O que achei mais surpreendente ao ver vários reviews, foi além da incipiência do seu conteúdo, a chatice e demora da sua configuração numa solução que imita o AirPlay da Apple, sem naturalmente sua rapidez e eficiência. Ao custo anunciado de R$199,00 por aqui, apesar de parecer interessante, carece de maturação. Com informações de android3dvideos.com e mashable.com.