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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Legistas na ficção...

Aproveitando o hiato de produção das novas temporadas das séries que acompanho, peguei outras para conhecer. Já tinha dado uma passada d’olhos em um episódio de Body of Proof - Prova do Crime no Brasil, onde é exibido em sua primeira temporada pela TV aberta.

Dana Delany como a Dra. Megan Hunt.
A série é mais uma protagonizada por um(a) legista forense que com sua habilidade, conhecimento científico amplo e doses do bom e velho chute, auxilia a polícia da Filadélfia na solução dos crimes mais cabulosos. A ex-neurocirurgiã Dra. Megan Hunt, tem de ajustar-se a uma nova profissão por conta de sequelas de um acidente de trânsito que também a faz rever a relação com a filha, sacrificada pela ocupação anterior. Somado ao rancor pela imposição do acaso e o temperamento arrogante e pouco tolerante a não menos que a perfeição, fizeram dessa mais uma boa série produzida pelo estúdio ABC. Ao menos nas duas primeiras de suas três temporadas (2011 – 2013). Na terceira; A saída de três personagens; Enredos que lembram sobremaneira Criminal Minds e uma Megan Hunt ainda mais ácida e sem os limites do contraponto exercido pelo seu investigador forense Peter Dunlop (Nic Bishop), morto no final da segunda, devem ter contribuído para seu cancelamento. A mudança da dupla e a chegada de um antigo affair da médica, demonstrou a intenção dos produtores em promover um romance. Apesar do antigo parceiro aparentar uma queda pela chefe, um relacionamento nunca aconteceu. Curiosamente o que mais chamou a atenção foi ver a ainda bela atriz Joanna Cassidy de 68 anos como a mãe da Dra. Hunt e acompanhando o enredo, percebe-se que essa estaria ao redor dos 47 anos. Um pouco diferente dos 58 da charmosa e competente atriz americana Dana Delany que lhe empresta vida.

Angie Harmon (e) é a detetive Jane Rizzoli
A exploração desse nicho teve início com a Dra. Jordan Cavanaugh em Crossing Jordan (NBC 2001 – 2007), trabalho da atriz canadense Jill Hennessy. Outra legista forense da TV, que de forma idêntica a colega Megan Hunt, se envolvia nas investigações do departamento da polícia de Boston. Porém, de forma mais passional e agressiva ao intuir, sem nenhuma evidência concreta pela culpa de algum suspeito e com isso, crian
do situações que seu compreensivo chefe tinha de contornar. Igualmente ambientado na capital do estado de Massachusetts, Rizzoli & Isles, traz a sempre elegante e bonita loura Sasha Alexander como a Dra. Maura Isles (imagem acima), uma legista estudiosa e competente que diferente de tantas evita envolvimentos maiores no campo, deixando para a parceira e amiga de longa data, a teimosa e valente detetive de polícia Jane Rizzoli (Angie Harmon) essa tarefa. Quando assisti esse seriado pela primeira vez o achei muito confuso, até bobo. No entanto, costumo dar uma segunda chance e com calma, vi desde a primeira temporada para entender a ideia. Maura Isles com suas explicações e conhecimento sobre praticamente tudo lembra um pouco o House. Sem a antipatia desse, obviamente.

Típicos do gênero policial americano, alguns absurdos são complicados digerir; Como identificar a longa distância a escrita de um texto, à partir da imagem de uma câmera de segurança e sem qualquer perda de qualidade. Ou um líquido milagroso que consegue revelar fotos deterioradas. Além disso, imaginar que qualquer personalidade dessas possa existir num país em que apenas falar alto com um vizinho pode render um processo na justiça, é impossível. Todavia, em nome da diversão que realmente proporcionam para quem como eu curte a ficção, tá valendo.