Que Jobs tenha sido o mentor de mudanças e inovações enormes nos últimos anos, é inegável. Hoje vários de nós, tem acesso a coisas e facilidades que jamais conhecemos. Ai exatamente está a diferença que agora enxergo nas duas personalidades. Bill Gates quando criou a Microsoft com seu amigo Paul Allen, demonstrou um raciocínio empreendedor poucas vezes visto e embora tenha pilhado claramente a Apple do seu então cliente Steve Jobs, transformou sua empresa num império.
Império esse que o tornou o homem mais rico do mundo por muito tempo. Porém Gates queria mais... Mais dinheiro? Não! Queria usar os bilhões de dólares que amealhou de uma forma produtiva, já que segundo suas palavras, tem mais do que o suficiente para viver muito bem. Decidiu em conjunto com sua esposa, criar a Fundação Bill e Melinda Gates com o intuito de apoiar programas de saúde no mundo todo e desde 2000, já reverteu 28 bilhões de dólares de sua fortuna pessoal para esse projeto. Umas das metas da fundação é eliminar a poliomielite do mundo. Erradicada no Brasil por conta de programas governamentais de vacinação na primeira infância com a vacina oral desenvolvida pelo Dr. Albert Sabin, é para muitos de nós estranha. Infelizmente é comum em países pobres e subdesenvolvidos com sérios problemas de saúde pública como a Nigéria ou o Paquistão, onde provocam altos níveis de mortalidade em crianças.
Mais impressionante ainda é a cruzada que o casal Gates e o mega-investidor americano Warren Buffett vem perpretando pelo mundo empresarial, convencendo outros multibilionáros a doarem metade de suas imensas fortunas em vida para ações concretas e muito bem monitoradas de filantropia. A esse projeto deram o nome de The Giving Pledge algo como O Compromisso de Doar. Vários nomes da tecnologia se alistaram como Larry Ellisson, cofundador e CEO da Oracle; Elon Musk, um dos fundadores do PayPal e criador da montadora de veículos elétricos Tesla; Pierre Omidyar, fundador do eBay e o caçula da turma, Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, que se comprometeu a doar metade dos seus 15 bilhões de dólares.
Apesar de uma fortuna pessoal de 8 bilhões de dólares, nunca se soube concretamente de nenhuma ação de Steve Jobs no campo da filantropia. O que se sabe é que ao voltar para a Apple, a fim de reestruturá-la, cancelou todos os programas que a empresa apoiava nessa área, alegando que ao melhorarem os números essas ações seriam retomadas. A Apple se tornou uma das maiores companhias do mundo e enquanto foi dirigida por Jobs, nada de caridade. Especula-se contudo, que sem aparecer, apoiava financeiramente sua esposa Laurene, que já fazia um trabalho filantrópico voltado para a educação. Laurene Powell Jobs também integra o Conselho para Soluções Comunitárias da Casa Branca, indicada pelo presidente americano Barack Obama em 2010. O mesmo que usou a frase esse é o cara, ao cumprimentar o então colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, numa reunião do G20 em 1999. Ele provavelmente não sabia que o cara vivia em seu país e atendia pelo nome de William Henry Gates III, ou simplesmente Bill Gates. Esse sim É O Cara! Com informações de globo.com, givingpledge.org, portalzz.com.br e rtp.pt.