iOS 5.3 para Apple TV... O que traz de novo?

Recentemente a Apple liberou uma atualização da Apple TV, a 5.3. Assim como o iOS convencional dos seus devices, essas versões miniaturizadas são aguardas com certa ansiedade para ver o que acrescentaram na caixinha mágica. Fora do Brasil foram muitas adições; A inclusão dos conteúdos da HBO GO, WatchESPN, Sky News, Crunchyroll e Qello (todas mediante assinatura individual).

Por aqui somente as duas últimas. A Crunchyroll é voltada a apresentação de animes japoneses e séries correlatas. Permite um período de degustação de sete dias somente para o conteúdo anime que custa US$6,99 para adesão, e outro pacote que dá acesso a todo seu material custando US$11,99 e sem direito a teste. Tornando essa assinatura um voo cego. Testei os dois serviços e gostei da qualidade das imagens dos animes no Crunchyroll e a empresa anunciou que seu conteúdo aqui teria a defasagem em relação aos mercados japonês e americano somente do tempo para colocação das legendas. Como não conheço nada sobre esses desenhos, devo confiar na informação. Deveria consultar meu primogênito, que gosta muito disso para uma opinião mais abalizada. A qualidade é boa, sem dúvida. Já o fluxo de dados é ruim com travamentos constantes o que tira a paciência em pouco tempo. O áudio é pouco relevante, visto que está em japonês. As legendas em português tem bom tamanho e boa legibilidade. Contudo, creio ser caro demais para apenas ver esses desenhos que sinceramente acho irritantes e pouco infantis.

Bastante semelhante, mas voltado para outro público o Qello se propõe a ser o Netflix dos vídeos de shows. Também permite uma degustação de uma semana e após isso, o taxímetro começa a rodar à razão de US$4,99 ao mês. Assim como o Netflix quando chegou entre nós, esse traz muitos problemas. Além do conteúdo disponibilizado até o momento não me agradar com raras exceções (obviamente seria impossível contemplar todos os gostos), os problemas técnicos são enormes e dos sete vídeos que assisti ou tentei, todos apresentaram travamentos, com queda de qualidade após ajustes de streaming. Durante a execução de um show da Madonna de 2008 em HD, começou com boa qualidade de áudio e vídeo. Antes mesmo de a cantora surgir, caiu para 320 e após alguns segundos voltou a 720p demonstrando que o sistema ainda é muito instável. O som que antes veio limpo se transformou num que lembrou um radinho mono que ouvia na infância. Algo bastante injusto para minhas JBL empurradas por um receiver Harman/Kardon.

A idade avançada dos shows é outra questão. Muita coisa antiga! Vários já tinha assistido e revendo, prefiro a qualidade do Youtube que é gratuito e na maioria dos casos com definição superior. Num show do Carlos Santana de 2011 (que deve ser dos mais novos), iniciou em algo parecido com FullHD, apesar do meu home não ter identificado essa resolução (ou qualquer outra) e caiu logo. Novamente ao normalizar o vídeo, o áudio veio com péssima qualidade. Já sem paciência, tentei ver um show da banda Florence and the Machine e desisti imediatamente. Qualidade sofrível, quase sem condição de visualização. Não posso aceitar que meu link de 10 Mb/s e a rede n façam algum gargalo somente com esses conteúdos, já que não ocorre com nada mais. Costumo utilizar a Netflix simultaneamente em dois dispositivos e nunca vivi qualquer limitação.

Existem coisas bacanas como a possibilidade de acessar imediatamente a música que se quer ouvir, sem a necessidade de zapear o vídeo completamente nessa busca. Acredito que deva evoluir, sanar seus problemas e melhorar o conteúdo. Ainda assim, tratei de cancelar o período de testes para evitar o risco de pagar por algo tão incipiente.