Depois do enorme sucesso de vendas do iPad da Apple, que mais uma vez ditou tendência criando os tablets, inúmeros concorrentes tradicionais da maçã lançaram suas opções, com quase a totalidade embarcando o Android do Google
como Sistema Operacional. Samsung, Motorola, Asus ou Acer são alguns desses nomes de peso. A Microsoft gestou seu Surface utilizando dois SOs próprios, o Windows RT e o Windows 8, sem conseguir até então, emplacar comercialmente nenhum dos dois.
Na outra ponta, várias marcas desconhecidas surgem a todo o momento disputando clientes ávidos em possuir um aparelho desses. Muitos de origem chinesa (popularmente conhecidos como Xing-Ling) e igualmente utilizando o Android, contudo, em sua maioria, versões defasadas ou adaptadas de smartphones e sem nenhum compromisso com atualizações. Ai reside um dos problemas desses tablets de baixo preço. Quem compra um, não tem qualquer garantia que seu sistema terá alguma atualização ou se essa é possível. Outras questões estão mais relacionadas a escolha por um SO que não gosto, por conta da política do Google em permitir que qualquer desenvolvedor coloque aplicativos em sua loja online, e sem controle sobre a qualidade dos mesmos. Diferente da prática da Apple que monitora rigidamente os apps disponibilizados em sua store e motivo de muitas críticas.
Ainda que possuir um tablet seja o sonho para alguns, em muitos casos, o pretendente a usuário se baseia na experiência com o produto da Apple, testado ao acaso e os relatos de decepção com os Xing-Lings são frequentes. Sem elencar nomes, existem várias opções que partem dos R$250, quando o modelo mais barato da Apple, o iPad mini com 16Gb, wi-fi e sem tela retina, custa no Brasil R$1249. Uma diferença que muitos não aceitam e a atribuem (erroneamente) única e tão somente à ganância do fabricante/distribuidor, esquecendo a pesada carga tributária que sofre entre nós. Seja pela baixa qualidade dos produtos de primeiro preço, ou a ausência de um suporte pós venda mínimo, a compra de um aparelho desses, é um risco totalmente desnecessário.
*Para tentar por ordem na bagunça que criou, o Google pretende suportar com atualizações e apps apenas as versões mais recentes do seu Android, normalmente adotadas pelos grandes fabricantes. A medida que visa reduzir a fragmentação das tantas versões existentes de seu sistema, pega em cheio os dispositivos de primeiro preço que embarcam as mais antigas. Mais uma batata quente para quem apostar numa solução Xing Ling. Com informações de androidpolice.com.
