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sexta-feira, 27 de junho de 2014

DLNA... Já usou?

Há dois anos, numa visita ao país por ocasião da comemoração do primeiro ano da Netflix por aqui, o cofundador e CEO da companhia Reed Hastings declarou que seus maiores concorrentes são; A TV paga (óbvio); os games online; a pirataria de DVDs e os torrents. A preocupação do executivo se justifica, já que além dessas,
existem diversas opções para o usuário consumir conteúdo sem abrir a carteira.

De fato, com um bom cliente torrent, qualquer um com uma conexão de 10 mbps baixa um filme em ótima qualidade em pouco menos de 15 minutos. Aos sem paciência para isso, o streaming é a melhor solução e aliado a algumas tecnologias como o DLNA - Digital Living Network Alliance (ou Aliança para Redes Domésticas Digitais) a diversão não fica mais restrita a um computador, podendo ser estendida para aquela TV da sala. Esse padrão bancado inicialmente pela japonesa Sony em 2003, teve a adesão, por exemplo da; Samsung; Microsoft; LG; Nokia e Intel entre outros. A Apple como já trabalhava num protocolo próprio, o AirTunes (rebatizado para AirPlay após seu anúncio em 2004 ) não se interessou pelo DLNA.

Executando conteúdo à partir de um PC

Quem possui um televisor com a tecnologia (é só conferir no manual) e conexão a redes, com ou sem fio, já pode usufruir. Tomando como exemplo minha televisão da sala... Essa tem suporte a DLNA todavia por não ser smart, não dispõe da interface wi-fi, apenas uma conexão LAN RJ45. Como nesse cômodo optei por usar cabos de rede em todos os equipamentos, liguei igualmente a TV (via switch) que foi imediatamente reconhecida em minha rede local. Para usar, basta abrir no Windows 7 a aba de rede e localizar [Dispositivos de Mídia]. Dê um duplo clique no ícone [TV da sala] (a identificação da minha, obviamente). O Windows fará a instalação dos drivers necessários para essa ligação que no meu caso foi bastante rápida. Feito isso, navegue até uma pasta com conteúdo de vídeo ou músicas (MP3). Clique com o botão direito do mouse sobre o arquivo que deseja executar e selecione [Reproduzir em] e com o esquerdo sobre o nome da TV identificada.


Um player será apresentado enquanto a compilação do material selecionado é processada e ao final o início é automático. Para formatos não aceitos, a opção [Reproduzir em] não é mostrada. Minha TV nessa ligação para vídeos, só aceita o AVI. Outro senão é quanto a legendas que não são carregadas. Contudo, caso a TV em questão seja uma Samsung, existe uma solução... Com o aplicativo Samsung PC Share Manager, é possível compartilhar por AllShare (denominação que a sul-coreana utiliza para identificar seus produtos que suportam DLNA), áudio, vídeo e imagens, transformando a TV num Media Center simplificado. Além do formato AVI, esse bom aplicativo roda vídeos em MP4 e MKV e todos com legendas.

Partindo do meu exemplo com uma TV sem wi-fi, para que isso funcione essa deve possuir além da conexão de rede, a possibilidade de ligá-la fisicamente a um switch ou roteador o que nem sempre é factível. Para situações desse tipo, existem duas soluções, que dependerão da melhor conveniência do usuário por demandarem custos. Ainda que não seja a ideal por se tratar de transferência de dados, na impossibilidade de uso do cabo, a saída natural é o wi-fi e adotando um adaptador USB para esse fim, que custa na faixa dos R$130 a questão está resolvida. A segunda opção é utilizar um repetidor do sinal wi-fi que possua ao menos uma porta LAN e ligar essa via cabo ao televisor. Testei essa opção com um roteador D-Link DIR-503A (R$125) e funcionou perfeitamente.

Executando conteúdo em streaming à partir de um iPad

Embora a Apple não suporte o DLNA, é possível usá-lo, bastando para isso um app com essa função embarcada. Um desses é o Flipps TV HD, que custa US$2,99 mas está com gratuidade promocional na Apple Store. Esse aplicativo (disponível também para Android, onde custa R$10,97) traz um variado conteúdo que pode ser enviado em streaming a um televisor. Organizados em canais estão lá; Seriados; Desenhos; Filmes; Documentários; Esportes; Músicas... Muita coisa gratuita e paga também e tudo em inglês e sem possibilidade de legendas. Porém, como inclui o YouTube, é possível obter material legendado ou mesmo em português. Para testar e após cadastro obrigatório no Wibi.TV mesmo para os gratuitos, assisti integralmente The Bodyguard com a fantástica e saudosa Whitney Houston e alguns minutos de MIB. O fluxo de dados é perfeito, sem qualquer engasgo e com boa qualidade de imagem. Entre os pagos estão o recente e ótimo Jack Ryan: Shadow Recruit. Diferente da Apple TV que cobra por produto consumido, nesse é necessário assinar um pacote mensal ao custo de US$7,99. Repleto de filmes de 2ª que nunca ouvi falar, é um valor irreal. Como mais uma opção de conteúdo e ficando na gratuidade, problema algum. Ainda mais com acesso fácil a alguns clássicos de Charlie Chaplin em P&B que gosto bastante. Com informações wikipedia.org, g1.globo.com, techpp.com, dlna.org e yahoo.com.


Para envio do conteúdo do iPad, basta clicar na TV identificada