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quinta-feira, 5 de junho de 2014

O mercado mobile sepultará o PC?

O mundo se tornou móvel e essa tendência parece irreversível. Somos basicamente consumidores de conteúdo e nesse quesito, nada mais prático que ter sempre à mão informações que antes nem sabíamos existir.

Cada vez mais a utilização do PC vem caminhando para atividades específicas; em corporações, games de alto desempenho ou na geração de conteúdo, por exemplo. Atualmente, numa eventual atualização a opção (por conta da boa confiabilidade e quedas constantes dos preços) recai sobre os notebooks. Nosso velho conhecido computador pessoal de mesa vem nitidamente perdendo espaço ano após ano para esse. O problema para muitos fabricantes de PCs, é que mesmo os notebooks estão vendo seu mercado encolher rapidamente enquanto o dos smartphones e principalmente o dos tablets continua crescendo. Piorando o inferno astral de produtores de PCs com MS/Windows embarcado, esses tem de assistir a expansão crescente da Apple com sua linha de Macs que caíram de vez no gosto de usuários que os achavam complicados, além de muito caros. Mais uma vez, deve-se a Steve Jobs essa mudança de visão do público em relação a empresa que fundou. Após a criação do iPhone e notadamente do iPad, muitos dos que se tornaram fãs do iOS, por curiosidade e comentários, testaram um computador da marca. Daí, a migração é muito natural e após isso, difícil sair de um Mac.

Paralelamente, o Google tenta emplacar seu sistema operacional baseado em computação de nuvem, o Chrome OS. Conforme um título famoso do escritor Fernando Pessoa, mais um desassossego pra dupla PC/Windows. O sistema operacional do Google que é uma tentativa da gigante de buscas em fincar bandeira nesse mercado e aumentar sua rentabilidade, vem embarcado em duas plataformas; O Chromebookbasicamente um tablet (sem tela sensível) no formato de um notebook, com maior capacidade computacional, de conexões e boa autonomia de bateria. No mercado americano onde um modelo da Samsung, parceiro de primeira hora do Google é vendido por US$250, existem outras opções da Asus, HP ou Acer com preços assemelhados. Esse mesmo aparelho da Samsung chegou a ser vendido no Brasil na faixa dos R$1000, custo idêntico ao de um notebook com processador Pentium Dual Core da Intel e Windows original. Aliado ao fato de necessitarem em tempo integral de uma conexão a internet estável e de boa qualidade, esse custo atrapalha sobremaneira a adoção entre nós.

Já a outra plataforma chamada Chromebox, é uma opção bastante interessante. A pequena caixa, como o modelo da taiwanesa Asus (ao lado) é equipada com uma nova tecnologia de processadores Intel que dispensam dissipadores com ventilação forçada e somada a boa oferta de conexões (inclui bluetooth 4.0 e wi-fi n), é um computador que pode ser utilizado como uma central de mídia de baixo custo como sugere a fabricante. É produzido em três versões; Com Intel ARK Celeron de 1,4GHz (US$178 nos EUA); ARK Core i3 de 1,7GHz ou um ARK Core i7 de 2,1GHz e trazem o SO do Google instalado num SSD de 16GB. Na compra do produto, a fabricante franqueia durante dois anos, 100GB no Google Drive para armazenamento de conteúdo. No entanto, basta utilizar um disco externo USB 3.0 em uma das 4 portas desse padrão para ter espaço local, sem ficar refém de uma conexão instável a grande rede.

A proposta da Asus em transformar esse pequeno computador pessoal numa central de mídia invisível, é reforçada pela possibilidade de fixá-lo ao painel traseiro de um TV, através da furação padrão VESA que tem em sua parte inferior. Dessa forma, todas as conexões podem ser feitas sem poluir esteticamente o espaço.

Talvez o PC como plataforma não desapareça, mas seguramente encolherá e será cada vez mais inserido em outros produtos como eletrodomésticos e na onda wearable, a chamada computação vestível. Com informações de legitreviews.com, notebookitalia.it, google.com e bestbuy.com.