Evoluindo para um Apple. Sem medo de ser feliz...

Esbocei esse texto, sobre o receio de alguns acerca da migração (evolução seria o mais correto) de sistemas baseados em Windows para o universo da Apple há algum tempo e acabei esquecendo-o sem concluir. O que motivou a volta ao tema foi a sugestão de uma amiga querida, assumidamente applemaníaca e recentemente presenteada pelo marido (meu irmão do coração), com um MacBook....

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Umas das coisas que mais ouço dentro da tecnologia são criticas a Apple. Não a qualidade dos seus produtos, e sim, a opção da empresa em manter um ecossistema alimentando seus usuários que, obviamente, lhe trazem uma suculenta fonte de renda adicional. Porém, isso vem diminuindo na mesma velocidade com que a maçã bate recordes de vendas de todo o seu portfólio. Sem esquecer o iPod, suas variantes ou o iPad, o grande mentor dessa mudança foi o iPhone. O smartphone que é sonho de consumo de muitos, se transformou na porta de entrada para esse universo. Dai, é muito natural a curiosidade por um iMac ou MacBook. E quem entra não sai mais. Para os habituados aos PCs tradicionais*, o primeiro contato com uma máquina dessas impressiona; Pela limpeza e perfeição das suas linhas; Ausência de leds ou adesivos de gosto duvidoso que atulham os outros; A leveza física graças ao corpo totalmente em alumínio esculpido de um único bloco desse elegante metal (como pode ser observado no vídeo narrado por Jony Ive - Vice Presidente de Design, embutido na imagem acima) e a mítica maçã mordida iluminada, objeto do desejo de muitos que encanta notadamente as moças. Ciente da paixão que seus produtos despertam, a Apple entrega em cada dispositivo dois adesivos de sua marca mundialmente reconhecida.

Afinado ao belo design, trazem o Mac OS X (versão 10.x), sistema operacional extremamente robusto, estável e confiável, derivado do Unix que comanda um hardware de excepcional qualidade, armazenado em memória flash, sem qualquer peça móvel que em conjunto oferecem uma experiência de uso e desempenho totalmente diferenciados em relação a qualquer equipamento rodando Windows. Do S.O. ao acabamento é evidente o cuidado com os detalhes que seu cofundador mais famoso imprimiu a essas verdadeiras joias da tecnologia. E isso num item de massa, produzidos aos milhares, não é para qualquer um. O SSD para armazenamento adotado na linha 2015 se soma a outras tendências que ditou como o sepultamento dos drives de disquete e depois dos óticos. Ou soluções inspiradas que infelizmente a concorrência não copiou como o sistema MagSafe, introduzido em seus portáteis a partir de 2006. Basicamente um conector de alimentação elétrica fixado magneticamente. Desse modo, no caso de um tropeço no cabo de força, que levaria ao chão um notebook convencional, esse se solta facilmente sem provocar dano algum. Mesmo assim, inúmeras bobagens e invencionices são propagadas sobre essas máquinas. Os que ocorrem no momento e mais comuns são;

Mitos

Um Apple não abre arquivos criados em ambiente Windows!

Desde 2005, quando a empresa de Palo Alto, então liderada por Steve Jobs, passou a integrar os processadores Intel em sua linha Mac, adotando a arquitetura CISC e instruções x86 *se pode afirmar que seus computadores são PC compatíveis ou simplesmente PCs, diferente do que realmente acontecia (embora facilmente contornável) nos tempos dos processadores PowerPC de arquitetura RISC, concebidos em parceria com a Motorola e sua histórica arqui-inimiga IBM. Assim ao criar uma planilha no Excel para Mac, por exemplo, essa será normalmente aberta e/ou alterada e/ou salva num Excel para Windows. Ou mesmo numa suíte de escritório de livre distribuição como o Open Office. Não existe nenhuma incompatibilidade de arquivos entre as plataformas. Um material criado no Photoshop para Mac será normalmente carregado na versão Windows desse aplicativo ou qualquer outro compatível.

Um Apple não pega vírus!

Diferente do mito popular que seria imune a tais invasões, o que acontece é como sua base instalada tal qual de máquinas Linux é obviamente menor que Windows (por enquanto), não existe interesse dos desocupados criadores dessas pragas nesse mercado.

Um Apple não serve para jogos!

Aqui devemos apelar ao bom senso para desmitificar essa afirmação recorrente. De fato, dificilmente um usuário investiria num computador desses, mais caro que outros para essa aplicação, ainda que o hardware de qualquer Mac suporte os games mais modernos. Porém, a maioria dos desenvolvedores desses jogos não os porta para essa plataforma. Como em todo mercado, esse precisa de escala para sobreviver e é pouco provável que obtivessem sucesso apostando na criação de games para o Mac OS. Todavia, se o usuário desejar uma utilização dessa natureza, bastaria configurar a ferramenta Boot Camp, nativa no S.O. da Apple (à partir da versão 10.5) que permite definir uma partição em sua unidade de armazenamento para instalação do Windows. Apesar do funcionamento perfeito do sistema da Microsoft ao encontrar um hardware tão ajustado, não vejo sentido numa utilização do gênero que fiz uma única vez em minha máquina para testes e outras várias mesmo a contragosto, para Clientes.

É comum encontrar em lojas de informática em vários pontos do Brasil, discos externos específicos para computadores Apple. Bem... Ai vem outra questão. Enquanto a Apple embarcava discos rígidos nas linhas Mac Mini, iMac e MacBook Pro, esses eram absolutamente idênticos aos usados em PCs. Exceto máquinas com características especiais como o MacBook Air que no seu lançamento, e em função da espessura mínima, utilizou o disco rígido desenvolvido para o iPod Classic. Portanto os tais discos externos comercializados especificamente para Apple (geralmente mais caros), servem única e tão somente para o usuário gastar mais um pouco. O que realmente difere entre um e outro S.O., é o sistema de arquivos que utilizam. A Apple criou e adota o HFS+ e a Microsoft o NTFS. Dessa forma, um disco externo convencional novo para Windows (formatado em NTFS) que ratificando, é totalmente compatível com Apple, necessita apenas ser reformatado para o seu sistema de arquivos para ser usado nesse.

Contudo, notadamente na fase de aculturamento, é importante atentar aos sistemas de arquivos e como cada S.O. os trata; Um HD externo formatado com NTFS, é normalmente acessado pelo Mac OS. No entanto, esse não consegue fazer qualquer alteração nessa estrutura. Excluir algum arquivo, por exemplo. Apenas e tão somente leitura e cópia de dados. Já um disco formatado com a estrutura HFS+ é totalmente invisível à máquinas com Windows. Entretanto, ambos os sistemas operacionais enxergam e gravam normalmente em unidades FAT32, a adotada na maioria dos Pen Drives. Aqui alguém pode pensar que para manter a compatibilidade entre ambos os sistemas, que bastaria particionar um disco externo em FAT32 para usar nos dois sistemas. Sim, possível. Não recomendável! Não se pode esquecer que esse sistema de arquivos caiu em desuso para unidades de grande capacidade por sua limitação em lidar com arquivos de grandes dimensões. Nesse tipo de partição que suporta gravação de arquivos com no máximo 4GB, seria bastante complicado manter filmes em alta resolução, para exemplificar. Mais prático e eficiente seria montar uma rede local com esses dois sistemas operacionais que configurada corretamente, não teria limitação alguma de acesso às suas unidades de armazenamento. Além dessa opção, existem também emuladores de terceiros para permitir ao S.O. a conversão em tempo real do sistema de arquivos desejado.

Em pouco tempo com o Mac OS qualquer um se adapta sem maiores problemas, mas uma peculiaridade que difere do Windows, vale destaque e precisa ser incorporada nessa convivência. Por descender do Unix, o Mac OS necessita preparar (montar) uma unidade ao ser adicionada. Ao espetar um Pen Drive, por exemplo, esse processo é automático. Por outro lado, diferente do Windows que aceita Hot Swap (troca a quente) e permite a remoção de dispositivos sem a necessidade de ejeção, o Mac OS X, exige tal cuidado. É imprescindível que ao retirar a unidade essa seja ejetada pelo sistema operacional e removida fisicamente somente após 'autorização' do S.O.. A remoção pura e simples pode corromper os arquivos gravados mesmo que o drive em questão não esteja sendo acessado naquele momento. Entre tantas características interessantes desse excelente S.O. frente ao Windows uma das mais bacanas e lógicas, é a forma como lida com a desinstalação de aplicativo(s). Enquanto o sistema da Microsoft, após esse processo preserva muito lixo no seu registro, deixando o computador cada vez mais lento, no Mac OS basta arrastar o ícone do aplicativo que se deseja eliminar para a lixeira e em seguida limpá-la, eliminando dessa maneira qualquer vestígio desse na máquina. Com informações de sunnyeves.blogspot.com.br.