Para evitar pré conceitos, procuro não ler criticas antes de ver algo, mas nem sempre é possível e li uma sobre essa nova série da Marvel e tenho de concordar. A semelhança com Heroes existe! A receita leva também doses de Arquivo X ; Homens de Preto e Missão Impossível, com uma agência que lida com seres e situações que em muitos casos, fogem a explicações científicas (ou pretensamente). Poderia muito bem se chamar.... O Dia Seguinte, porque é justamente onde seu enredo se desenrola. O que acontece após a vitória dos Vingadores, frente a invasão alienígina dos Chitauri liderados por Loki, o irmão adotivo e pancadão do Thor. Esse fato é referenciado muitas vezes como a Batalha de Nova Iorque.
Como toda ficção, essa tem seus atrativos. O que mais curti foi o avião apelidado ônibus, meio de transporte da equipe e com capacidade para decolagem vertical. Distribuídos em seus três decks só falta piscina, pois tem; academia, cozinha, várias cabines para acomodações, laboratório, sala de conferência, cabine para o chefe (com sala e prateleiras para suas muitas antiguidades) e doca de transporte onde ficam os dois veículos. Uma SUV a prova de balas e um Corvette Sting Ray 62 conversível vermelho e batizado de Lola por seu cuidadoso dono, o agente Phil Coulson, chefe do grupo, que não permite que o carrinho que pode voar, seja tocado por ninguém além dele. Pera ai!! Mas Coulson não havia morrido no filme Os Vingadores? Pois é... No episódio piloto, dão algumas pistas sobre o ocorrido e que o diretor da S.H.I.E.L.D. Nick Fury teria usado o ferimento quase letal sofrido por seu fiel subordinado para estimular Os Vingadores para a tal batalha.
Passe o mouse sobre a imagem dessa bela Shawarma e veja a equipe fazendo uma boquinha após a pancadaria
Sua produção é bem cuidada e visivelmente dispendiosa. O entrosamento entre os personagens é bom, notadamente com os jovens nerds; a bioquímica Jemma Simmons (a atriz inglesa Elizabeth Henstridge); o engenheiro e cientista Leo Fitz, o escocês Iaian De Caestecker e a hacker Skye - Chloe Bennet (que felizmente atua melhor que canta). Além do ator Clark Gregg, que empresta sua imagem para Phil Coulson, figura central da estória, a ala senior inclui mais dois agentes; Melinda May (a charmosa chinesa Ming-Na Wen, conhecida por Plantão Médico), exímia em luta corpo a corpo, motorista do ônibus e de sorriso raro e Grant Ward, o ator americano Brett Dalton, com poucos trabalhos para a televisão e que parece ter sido incluído na série pela estampa.
Ainda que seja claro o empenho da Marvel Comics em emplacar o programa, trazendo o ator Samuel L. Jackson, (que deu vida ao diretor da agência no filme) em um dos episódios, quando passa uma carraspança em seu olho bom, por ter quase destruído o ônibus e também às constantes referências aos Vingadores poderem indicar a possibilidade de algum personagem desses dar as caras por lá, não sinto que essa série vá progredir. Por dois motivos muito simples. Sua audiência que começou muito bem vem caindo a cada novo episódio e tão ruim quanto, as criticas tem sido negativas.
Agents of S.H.I.E.L.D. peca em enredos sem muito sentido. Para quem curte ficção pura e simples, apenas para divertir e passar o tempo funciona, mas quem esperou uma maior interação do rico universo Marvel, sem dúvida se decepcionou. A série tem garantidos 22 episódios dos 13 produzidos até então. Tempo suficiente para os criadores entenderem a queda dos números, as criticas e acharem a mão para lhe garantir longevidade. Com informações de blogs.elpais.com e blogs.wsj.com.
