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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Agents of S.H.I.E.L.D. da Marvel... Já viu?

Costumo usar esse período do ano em que fico compulsoriamente ocioso para escrever, revisar textos postados, rever filmes clássicos ou conhecer seriados novos e tinha programado assistir entre outros, alguns episódios de Marvel Agents of S.H.I.E.L.D. um spin-off do sucesso da telona The Avengers - Os Vingadores.

Para evitar pré conceitos, procuro não ler criticas antes de ver algo, mas nem sempre é possível e li uma sobre essa nova série da Marvel e tenho de concordar. A semelhança com Heroes existe! A receita leva também doses de Arquivo X ; Homens de Preto e Missão Impossível, com uma agência que lida com seres e situações que em muitos casos, fogem a explicações científicas (ou pretensamente). Poderia muito bem se chamar.... O Dia Seguinte, porque é justamente onde seu enredo se desenrola. O que acontece após a vitória dos Vingadores, frente a invasão alienígina dos Chitauri liderados por Loki, o irmão adotivo e pancadão do Thor. Esse fato é referenciado muitas vezes como a Batalha de Nova Iorque.

Como toda ficção, essa tem seus atrativos. O que mais curti foi o avião apelidado ônibus, meio de transporte da equipe e com capacidade para decolagem vertical. Distribuídos em seus três decks só falta piscina, pois tem; academia, cozinha, várias cabines para acomodações, laboratório, sala de conferência, cabine para o chefe (com sala e prateleiras para suas muitas antiguidades) e doca de transporte onde ficam os dois veículos. Uma SUV a prova de balas e um Corvette Sting Ray 62 conversível vermelho e batizado de Lola por seu cuidadoso dono, o agente Phil Coulson, chefe do grupo, que não permite que o carrinho que pode voar, seja tocado por ninguém além dele. Pera ai!! Mas Coulson não havia morrido no filme Os Vingadores? Pois é... No episódio piloto, dão algumas pistas sobre o ocorrido e que o diretor da S.H.I.E.L.D. Nick Fury teria usado o ferimento quase letal sofrido por seu fiel subordinado para estimular Os Vingadores para a tal batalha.


 
Passe o mouse sobre a imagem dessa bela Shawarma e veja a equipe fazendo uma boquinha após a pancadaria

Sua produção é bem cuidada e visivelmente dispendiosa. O entrosamento entre os personagens é bom, notadamente com os jovens nerds; a bioquímica Jemma Simmons (a atriz inglesa Elizabeth Henstridge); o engenheiro e cientista Leo Fitz, o escocês Iaian De Caestecker e a hacker Skye - Chloe Bennet (que felizmente atua melhor que canta). Além do ator Clark Gregg, que empresta sua imagem para Phil Coulson, figura central da estória, a ala senior inclui mais dois agentes; Melinda May (a charmosa chinesa Ming-Na Wen, conhecida por Plantão Médico), exímia em luta corpo a corpo, motorista do ônibus e de sorriso raro e Grant Ward, o ator americano Brett Dalton, com poucos trabalhos para a televisão e que parece ter sido incluído na série pela estampa.

Ainda que seja claro o empenho da Marvel Comics em emplacar o programa, trazendo o ator Samuel L. Jackson, (que deu vida ao diretor da agência no filme) em um dos episódios, quando passa uma carraspança em seu olho bom, por ter quase destruído o ônibus e também às constantes referências aos Vingadores poderem indicar a possibilidade de algum personagem desses dar as caras por lá, não sinto que essa série vá progredir. Por dois motivos muito simples. Sua audiência que começou muito bem vem caindo a cada novo episódio e tão ruim quanto, as criticas tem sido negativas. 

Agents of S.H.I.E.L.D. peca em enredos sem muito sentido. Para quem curte ficção pura e simples, apenas para divertir e passar o tempo funciona, mas quem esperou uma maior interação do rico universo Marvel, sem dúvida se decepcionou. A série tem garantidos 22 episódios dos 13 produzidos até então. Tempo suficiente para os criadores entenderem a queda dos números, as criticas e acharem a mão para lhe garantir longevidade. Com informações de blogs.elpais.com e blogs.wsj.com.