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sábado, 11 de janeiro de 2014

Os hackers da ficção...

Nos seriados de ficção, thrillers policiais e políticos, meus preferidos, é comum à maioria, seus personagens especialistas alcançarem conclusões de forma fantasiosa, como a analista forense em CSI New York, Stella Bonasera (a atriz Melina Kanakaredes), que utilizando equipamentos de sabe-se lá qual geração em seu laboratório, conseguia
reconstruir o rosto de um suspeito a partir de uma imagem de um perfil escuro e completando a cena com um irritante sorriso como se gabando da sua esperteza. Sem falar nos produtores desse tipo de show, que ignoram a degradação sofrida por fotos ao serem ampliadas. Nos seriados policiais raramente o são. Certo.... São ficções!

Porém, os personagens que mais me impressionam e tem se proliferado em séries desses gêneros, são os hackers de computador que conseguem até com um celular, invadir as mais bem protegidas organizações de inteligência do mundo, com extrema rapidez, sem deixar rastros, dando a impressão de lidarem com meros amadores. Exemplos existem aos montes. Em NCIS, o agente Timothy McGee, expert em computadores é constantemente compelido pelo chefe Gibbs (Mark Harmon) a burlar leis na busca de informações sigilosas em agências americanas ou não para solucionar seus casos. O novato Agents ofS.H.I.E.L.D. é outro exemplo interessante em que a hacker Skye, a bela (cantora a pulso, como diriam na Bahia) Chloe Bennet, que opera milagres com seu smartphone ou tablet, conquistando com isso um lugar na fictícia agência de super espiões que empresta o nome ao seriado.

Na minha visão todavia, o mais nonsense da ficção é o dublê de hacker e agente multitalentoso Huck de Scandal. O seriado criado por Shonda Rhimes (conhecida por sucessos como Grey's Anatomy e seu spin-off Private Pratice entre tantos outros), é protagonizado por Kerry Washington como Olivia Pope, uma advogada e estrategista política que comanda uma equipe especializada em consertar os imbróglios dos clientes endinheirados e ainda arranja tempo para um romance com o presidente americano. Enquanto isso, Huck, a fim de atender os mais diversos propósitos da chefe, invade com facilidade, agências de segurança e figuras do alto escalão dos EUA e sem qualquer represália. Esse, de tão sem sentido e surreal, deixei de assistir. Não duvido que algumas tecnologias aventadas realmente existam, mas não tão corriqueiras como a mente dos redatores gosta de vender. Sei no entanto que tudo isso faz parte. Afinal, o intuito é apenas entreter.