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terça-feira, 7 de julho de 2020

UOL Play. Cresce a guerra pelo streaming...

Um ano longe daqui! Em outros tempos, por problemas acima do controle, estive ausente desse blog. Nunca por tanto tempo é verdade. Novamente, questões da vida me afastaram do prazer que é escrever sobre assuntos que curto. Agora espero que isso não se repita e, obviamente dentro do possível, não os abandono mais.

Nesse tempo todo surgiu muita coisa e cheguei a alinhavar alguns posts sem nunca concluir. Dia desses recebi uma mensagem por e-mail do UOL. Uma notificação publicitária como Cliente antigo desde quando mantinha o domínio desse blog hospedado por lá e hoje como usuário do PagSeguro. O correio eletrônico informava acerca do novo serviço de streaming da empresa, lançado em Abril desse ano. Mais uma opção de peso no mercado ao lado da ainda líder Netflix e da Amazon com seu Prime. Condições para concorrer nesse nicho, sem duvida o UOL tem de sobra.

Utilizo a Netflix e também o serviço da Amazon (por conta do excelente seriado Jack Ryan e uns poucos episódios do Nacional Kid, ainda hoje meu herói favorito). E mesmo considerando o último, como solução de streaming mais interessante atualmente. Seja no custo (somente R$9,90/mês), quanto na qualidade, quantidade e oferta de conteúdo em uma plataforma extremamente estável, lógica e amigável para navegação, como essa nova faculta uma degustação de 7 (sete) dias, resolvi testá-la. Igualmente como fiz há tempos com a Globo Play e HBO Go. Como um Cliente do sistema, o cadastro se restringiu a opção pela forma de pagamento, obrigatória ainda que não cobrada imediatamente. Começou bem, pensei.... Com alguns pacotes que vão dos R$15,90 até o mais caro de R$54,90, optei pelo de primeiro preço, já que queria apenas conhecer. Em pouco tempo tive de migrar para um intermediário ao custo de R$39,90 pela pobreza de conteúdo ofertado no pacote de entrada. Muita coisa infantil que de nada me interessa.

A plataforma num primeiro momento é bastante assemelhada aos concorrentes. Naturalmente, ninguém espera aqui, a reinvenção da roda. No entanto, o que fica flagrante de imediato é a excelente qualidade das imagens. Testei alguns filmes e séries e até então não havia experienciado tamanha qualidade de imagens em nenhum outro serviço. Já com o pacote Combo Cinema, fiz as configurações (um tanto confusas) para uso no Notebook e Celular e rodando conteúdos distintos, simultaneamente, novamente as imagens e o fluxo de dados impressionaram pela excelente qualidade em ambos os devices, sem qualquer delay ou engasgos. Isso conectado a uma net mediana em que experimentei em alguns momentos, problemas de fluidez com a Netflix e mesmo a Prime que parece ter um sistema mais robusto para tráfego de dados. A coisa começa a embolar com o serviço do UOL, ao abrir material da FOX e motivo da migração para o plano mais caro que traz tal conteúdo. De forma totalmente ilógica para o usuário que deseja apenas curtir um filme ou série de forma rápida, a FOX exige um cadastro em sua plataforma e em seguida o vínculo a um serviço a essa associado, no caso, o UOL. Somente depois dessa manobra bem chata, se pode acessar o acervo da FOX.

Como imaginava, ali existe conteúdo interessante e assisti alguns episódios de Gone, uma série que lembra bastante Criminal Minds e trata de uma equipe também do FBI que investiga e resgata desaparecidos por todo os EUA, com a ajuda de uma jovem, vitima de sequestro quando criança. O seriado tem em seu elenco o excelente Chris North (o Mr. Big de Sex And The City) e Danny Pino de Law & Order Special Victims Unit e Cold Case. Confesso que esse seriado me balançou pela assinatura do serviço. Ao menos até a conclusão da sua primeira temporada. Contudo, a plataforma do UOL ainda tem muito a evoluir e embora sim, tenha excelente qualidade de imagens, a usabilidade de sua interface é bastante sofrível com instabilidades constantes e obrigatoriedade de nova busca para encontrar o que vinha assistindo.


Para ficar ATENTO!

Três dias após o início da degustação e com receio de um esquecimento, que obrigaria o pagamento de algo que não queria, decidi cancelar. Nesse momento, lembrei o motivo da desistência do uso do UOL como mantenedor do domínio desse blog durante alguns anos. O sistema de cancelamento não poderia ser mais complicado e consequentemente de difícil execução. Só me restou acreditar ser algo intencional, para desestimular a saída de um usuário. Para piorar e muito, percebi que, diferente do que pensei e seria justo crer (e na minha inocência imaginei), que a mudança de plano para um mais caro seria acatado pelo sistema do UOL apenas como uma migração para um superior. Na verdade descobri no momento do cancelamento que assinei DOIS pacotes e obviamente pagaria por ambos pós-período teste. Mesmo tendo feito essa assinatura com todos os meus dados pessoais, o UOL permitiu que assinasse dois planos distintos e com poucos minutos de espaço entre essas ações. Por que isso? Porque eu ou qualquer usuário faria isso? Pagaria, caso não cancelasse, os R$15,90 do tal Combo Light que assinei de pronto e mais os R$39,90 do chamado Combo Cinema. Um absurdo! Além disso, o cancelamento em tantos outros serviços é imediato e nesse o UOL comunicou serem necessários 3 (três) dias para sua efetivação, o que fez crer que se tivesse usado os tais 7 dias de degustação, deixando o cancelamento mesmo que para o penúltimo dia, poderia ser cobrado. Bem ruim! Apesar da experiência negativa, continuo acreditando que é interessante para nós como usuários, o surgimento de mais esse serviço de streaming. Um mercado que mais até que tantos outros exige do prestador extrema agilidade nos ajustes e transparência para um melhor atendimento e satisfação do consumidor, evitando sua morte precoce. Com informações de UOL Play.