Sempre me orgulhei de, ao optar por algum item de consumo, pesquisar e escolher os de melhor custo/benefício do momento e agindo de tal forma, ao longo do tempo não vivenciei maiores problemas. Porém, um dia (ou alguns....) a casa cai.
Tentando dar sobrevida ao meu notebook, com um (até o presente) razoável Intel Core i5 de 3ª geração, 4GB de memória RAM e um disco rígido de 500GB, fiz algumas modificações.
- Acrescentei um pente de memória de 4GB, perfazendo 8GB;
- Removi seu DVD (para mim inútil), instalando no lugar um caddy SATA com um HD de 1TB (recentemente upado para 2TB) para armazenar principalmente arquivos de trabalho + mídias diversas e;
- Substitui seu HD de 500GB por um SSD de 240GB (SATA3*).
O resultado foi realmente impressionante. O note que com disco convencional demorava quase 2 minutos para carregar, passou a inicializar o Windows 10, pronto para uso (com todos seus drivers carregados) em 28 segundos (ambas as medições obtidas com o ótimo BootRacer). Imaginei assim ter feito as escolhas certas em cada intervenção. Embora não tenha testado o upgrade de memória com o HD e sim após instalação do S.O. e já com o SSD, creio que o sistema tenha ganhado um folego maior por conta da redução do gargalo imposto pelos 4GB nativos. Já adaptado a nova realidade de desempenho na usabilidade, passei a perceber alguma lentidão. Notadamente nos acessos ao drive principal, o SSD SanDisk Plus de 240GB. Quando o adquiri, percebi logo tratar-se de um produto de entrada. De primeiro preço! E mesmo que tenha a brand e seja comercializado pela americana SanDisk, é fabricado por outra empresa, a chinesa JMicron. Contudo, não imaginava existirem diferenças de desempenho tão gritantes no universo dos SSD. Mas existem e são realmente, bastante significativas.
Enquanto pesquisava, cheguei a acreditar que os modelos da Kingston eram superiores em velocidade de acesso e antes da confirmação (ou não), comprei outro Drive de Estado Sólido, dessa vez um Kingston de 120GB, o A400 para instalação no netbook de um amigo e Cliente. Entendi que para esse equipamento, um Celeron Dual-Core com meros 2GB de RAM integrados à placa mãe (que impedem um upgrade), a instalação de um SSD seria a única possibilidade de alguma melhoria. Aliado a isso, o modelo trazia como sistema operacional o modorrento Windows 8 e buscava, à pedido do meu Cliente, uma solução de migração para o 10. Aliás, sobre esse netbook, não entendi a motivação da fabricante taiwanesa embarcar touch screen num computador de configuração tão limitada. "Ai lembrei do comentário do Steve Jobs ao ser questionado sobre a possibilidade de agregar tal funcionalidade aos MacBooks. Em suas palavras, 'As telas sensíveis ao toque num notebook seriam ergonomicamente terríveis'. Concordo! Ter de levantar o braço na altura dos ombros para sua usabilidade, não se pode dizer que é algo natural ou confortável. No meu entendimento tem função puramente midiática. Meu computador tem touch screen...". Óbvio que é apenas uma opinião.
Testes
Paralelo a compra desse Kingston que deixou o netbook muitas vezes melhor, permitindo a instalação do Windows 10 64bits, continuei pesquisando sobre esse item milagreiro. Um verdadeiro ressuscitador de configurações limitadas (ou nem tanto), e testei os dois que tive acesso. Em condições ideais com barramento SATA3, para esse modelo, a SanDisk informa taxas de 530MB/s para leitura e 440MB/s para escrita. Números muito bons. Se fossem reais....
- Ao adotar um SSD, o cuidado redobrado com a preservação das informações ali gravadas, é vital;
- Apesar de muitos optarem numa migração desse tipo, pela clonagem de um disco rígido para um novo SSD, prefiro sempre uma instalação limpa. À partir do zero! Mesmo essa pratica representando um processo mais trabalhoso, a certeza de que nenhum problema desconhecido será herdado do antigo S.O./HD, faz sua adoção valer a pena.