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sábado, 26 de janeiro de 2013

Modelismo, uma paixão antiga. AR. Drone, uma nova...

Ainda guri, ganhei um aeromodelo que nunca consegui fazer voar. Era um U-Control que obviamente funcionava por cabos. Montei-o, levei à pista do Castelinho no canal 7 em Santos, mas não voou. Já marmanjo e morando em Salvador, comprei um modelo trainee para montar, dessa vez, rádio controlado....

Imagem de divulgação
O Falcon 56 tinha 180cm de envergadura, motor O.S. Max .45 e rádio Futaba de 4 canais. Montei... Voei... Quebrei... Consertei e Vendi! Depois cogitei um helicóptero, sonho antigo. Contudo, seu custo sempre foi desanimador. Testei barcos rádio controlados, porém optei por um carro, também com motor a explosão. Os aviões são bacanas, entretanto, exigem um espaço grande para seu uso enquanto um carro dá para brincar em qualquer lugar. A palavra brincar deve ser explicada porque não se trata de forma nenhuma de um brinquedo já que a velocidade final do meu Rampage da Kyosho com motor .15, também da O.S., era de 90km/h. Por conta da paternidade, abandonei o carro. Tinha afazeres muito mais prazerosos. Cuidar dos meus meninos.... Veio a inevitável separação, com essa, novas exigências e meu antigo hobby ficou latente. 

Sempre preferi os modelos a explosão por conta do cheiro da mistura combustível/óleo lubrificante queimado, do barulho do pequeno motor monocilíndrico de dois tempos, o cuidado com seu amaciamento.... Todavia, com o passar dos anos envelhecemos e esses prazeres vão sendo preteridos em favor de algo mais prático e confortável. Os motores elétricos. Limpos e silenciosos.

Quando vi um AR. Drone da Parrot pela primeira vez, tive certeza que era a solução para esse antigo problema. Um aparelho extremamente simples no conceito, mas poderoso em recursos de controle de estabilidade por meio de sensores. Dotado de quatro motores elétricos que não sujam, emitem pouco ruído e permitem sua utilização em praticamente qualquer condição, exceto sob chuva, o Drone da francesa Parrot, é mais que um mero brinquedo. Controlado por um smartphone ou tablet que usem iOS ou Android, via interface wi-fi, vem com duas câmeras que na versão 2.0 podem gravar em 720p a 30 quadros por segundo. Essas imagens são visualizadas em tempo real no aparelho que o controla. Não faz frente a uma GoPro, por exemplo, mas é boa, sem dúvida. E falando em GoPro, ao ver o AR. Drone, qualquer um que a possua, terá imediatamente a ideia de fixar a pequena câmera de ação ao seu dorso para fazer imagens com maior qualidade.

Também pensei nessa possibilidade. Nem pela resolução e sim pelo ângulo maior da GoPro, 170°, contra 92° da câmera do Drone. Praticamente o dobro na amplitude da captura das imagens. Por outro lado, o Drone tem uma facilidade de gravação que poucas vezes vi em qualquer equipamento. Sua configuração básica, o habilita a gravar diretamente no dispositivo que o controla, seja um smartphone ou tablet, limitando ai o tempo de gravação ao espaço existente nesse device. Além disso, como trabalha já com compressão de imagens, permite compartilhamento imediato do material capturado às redes sociais, ao passo que uma gravação da GoPro exige edição que por vezes não é muito rápida de ser feita. Completando, o Drone ainda faculta a gravação diretamente num pendrive que pode ser instalado numa porta específica, alocada em seu corpo, imediatamente acima da bateria e igualmente protegido pela carenagem. Mesmo optando por esse método de armazenamento, os comandos de gravação e fotografia são os mesmos no app de controle. Nesse caso, concluída a captura, basta espetar o pendrive num computador para acessar as imagens. Ainda não tive oportunidade de testar a adaptação da GoPro, mas a farei. Embora prefira utilizar o Drone, como foi concebido para ser usado.