Do Agente da Uncle a Criminal Minds... Paixão por seriados

Uma das grandes paixões desde sempre são os seriados de televisão. Na infância, ficção científica e espionagem estavam no topo da preferência. Com a idade veio o interesse pelos thrillers policiais. Assistia de tudo nessa época em Santos. Naquele tempo, como não tinha outro jeito, via um episódio por vez.

Logo do seriado O Agente da Uncle

Com o advento do DVD, da internet e a banda larga, prefiro assistir a temporadas completas em dois ~ três dias. Atualmente a top é Criminal Minds. Lançada em 2005, conta as aventuras de um grupo especializado em crimes seriais do FBI, a polícia federal americana, que integram sua BAU- Behavioral Analysis Units ou Unidade de Análise Comportamental. Essa, diferente da investigação convencional, apenas com o uso das evidências forenses, se valem de técnicas de análise das ocorrências, visando antever ações dos suspeitos. Já na 8ª temporada, consegue manter a espinha dorsal sem a qual no meu entendimento o programa perderia o sentido. Quem assiste, sabe que sem o Dr. Reid e/ou Penelope Garcia e/ou Hotchner, Criminal Minds não existe. Tanto é assim que suportou bem a dança de alguns personagens ao longo dos anos. A primeira, com a saída do ator Mandy Patinkin, o Jason Gideon que não afetou a continuidade. Na verdade, prefiro o David Rossi do ótimo Joe Mantegna. Isso deve ter mostrado aos produtores que poderiam fazer algumas alterações sem comprometer a química do grupo. A última mudança, ai mais preocupante foi à entrada da veterana Jeanne Tripplehorn na 8ª temporada vivendo a agente especial Alex Blake, no lugar da Emily Prentiss da atriz Paget Brewster, uma personagem forte que saiu no final da sétima. Atualmente como disse antes, gosto de assistir temporadas completas e depois de concluir a 8ª de CM, peguei a 10ª de NCIS. Enquanto procurava notícias relativas a última temporada dessa série, encontrei a lista abaixo num site, relacionando as dez melhor posicionadas em audiência nos EUA e tive algumas surpresas;

01. NCIS – 21.344 milhões
02. The Big Bang Theory - 18.680 milhões
03. NCIS: LA – 17.306 milhões
04. Person of Interest – 16.072 milhões
05. Two and a Half Men - 13.788 milhões
06. Blue Bloods - 13.167 milhões
07. Elementary – 12.652 milhões
08. Modern Family - 12.306 milhões
09. Castle – 12.256 milhões
10. Criminal Minds – 12.153 milhões

A NCIS - Naval Criminal Investigative Service (Serviço de Investigação Criminal Naval), é outra agência do governo americano e investiga os crimes envolvendo militares da marinha e seus familiares e esse seriado dramatiza suas missões pelo mundo. Ainda que previsível e incoerente as vezes, curto essa série. Afinal são coisas da ficção. Justamente por isso, em minha opinião estaria em décimo, a posição de Criminal Minds, que conta com enredos muito melhor elaborados. Esse Big Bang Theory, já tentei ver algumas vezes por meus filhos gostarem e tal, mas não vai. NCIS: LA em terceiro... A série é hiper sem graça. Contudo, a surpresa foi a quinta melhor audiência, obtida por Two and a Half Men. Essa deveria ter sido cancelada com a saída do Charlie Sheen. A lista mostra também meu equivoco ao prever que Dois Homens e Meio não passaria da 10ª temporada como escrevi há algum tempo.

Depois de finalizar a maratona particular de NCIS, a impressão anterior que tinha das semelhanças com a minha preferida, nas estruturas do elenco definidas pelos seus criadores (mesmo que diferentes), se intensificaram. Senão vejamos; Criminal Minds, tem a Penelope Garcia (interpretada pela competente Kirsten Vangsness), figura carismática e espalhafatosa no excesso de badulaques que usa e mesmo fugindo aos padrões de uma agência federal é uma super nerd em informática que apóia tecnologicamente a equipe comandada pelo sisudo Aaron ‘Hotch’ Hotchner, o ator Thomas Gibson. Em NCIS, obviamente a personagem diferenciada é a multitalentosa especialista forense Abigail Sciuto. Com postura marcante no estilo gótico de suas roupas e tatuagens, a Abby, é a marca registrada dessa série. Grande desempenho da já quarentona Pauley Perrette. Um não mais sorridente Leroy Jethro Gibbs ou somente Gibbs (Mark Harmon), chefia a turma. E as semelhanças não param por ai...

A agente especial Ziva David, de origem israelense (vivida pela bela chilena Cote de Pablo), faz a ponte do NCIS ao Mossad, o serviço secreto daquele país, e que é dirigido por seu pai. Ela mesma, antiga integrante dessa agência, tem passado nebuloso e relação paterna complicada. Da mesma forma que a Emily Prentiss de Criminal Minds com sua mãe. Uma diplomata linha dura que por conta do trabalho levou sua filha à diversas partes do mundo onde essa aprendeu alguns idiomas e antes de integrar a BAU, foi agente da Interpol em missões infiltradas e no antiterrorismo.

O Dr. Spencer Reid de CM, pela pouca idade, versus o amplo conhecimento é um personagem único e dificilmente teria um contra ponto na ficção (com exceção talvez ao Dr. House da série homônima). Fico intrigado com o ator Matthew Gray Gubler que lhe dá vida. Ele mesmo deve ter memória privilegiada para gravar textos tão complexos. No entanto, NCIS tem seu banco de dados vivo na pele do Dr. Donald ‘Ducky’ Mallard, um legista com vasta experiência e conhecimento da anatomia e psicologia, auxiliando Gibbs em inúmeras questões. O médico é uma excepcional atuação do David McCallum onde se vale do forte sotaque escocês.

Bem diferente do que criou nos anos 60 ao viver o agente russo Illya Kuryakin, parceiro de Napoleon Solo (Robert Vaughn), no seriado O Agente da Uncle. Um dos muitos produzidos para a televisão nos moldes de 007 e que teve auxílio do escritor desse, Ian Fleming, na sua estruturação. Era a minha preferida do gênero naqueles dias e é mais uma das que deve ganhar as telas grandes. O estúdio Warner prepara uma produção com o Henry Cavill, o atual Superhomem, como Solo e Armie Hammer que viveu recentemente Lone Ranger (Cavaleiro Solitário), o Illya Kuryakin. Com informações de digitalspy.co.uk e veja.abril.com.br.

Criminal Minds - trailer

NCIS - trailer

U.N.C.L.E. - trailer