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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Presidentes de faz de conta...

Por gostar bastante de filmes e seriados políticos e costumo observar as personificações dos presidentes americanos criados pela ficção. O natural interesse na rotina que envolve o homem mais poderoso do mundo sempre atraiu muitos roteiristas (inspirando inclusive um desenho animado nos anos 60 chamado Super President e criação dos mesmos produtores da Pantera Cor de Rosa) e normalmente geram bom entretenimento, mesmo em histórias em que é figura acessória. No entanto algumas caricaturas são difíceis de engolir...

Navegue sobre a imagem para um
trailer de Impacto Profundo.
Entre os tops estão o Tom Beck do excelente Morgan Freeman (ao lado) em Deep Impact - Impacto Profundo de 1998 onde curiosamente um dos secretários de governo é vivido pelo ator James Cromwell que interpretou o presidente Fowler em The Sum of All Fears - A Soma de Todos os Medos de 2002 onde Freeman personifica o diretor da CIA. Outra boa interpretação dessa figura da política global foi o Andrew Shepard do Michael Douglas em The American President – Meu Querido Presidente. Esse ótimo filme de 1995 teve em seu elenco Martin Sheen que depois viveu o presidente Josiah Bartlet no seriado The West Wing de 2006. Porém, o preferido continua o James Marshall (Harrison Ford) de Air Force One de 1997. Numa postagem feita há quase dois anos (maio de 2013), comentei sobre alguns desses filmes. Muitos outros atores de primeira linha viveram esse emblemático personagem; Kevin Kline em Dave – Dave Presidente por um Dia no Brasil e produzido em 1993; Jeff Bridges em The Contender – O Jogo do Poder de 2000 ou o premiado Kevin Spacey com seu impagável Francis Underwood na 3ª temporada de House of Cards, declaradamente a série preferida pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama.

Alfre Woodard como a presidente Constance Payton
em State of Affairs - Assuntos de Estado.
Na outra ponta, existem os que são no mínimo terríveis. O Fitzgerald Grant (o ator Tony Goldwyn) de Scandal dá nos nervos por viver com um copo de whisky na mão, uma irritante cara de bebê chorão e correndo atrás de um rabo de saia. Contudo, minha lista dos ruins que é extensa, inclui uma das personagens mais repugnantes e de caráter discutível que já vi na ficção; O presidente Charles Logan (Gregory Itzin) da quinta temporada de 24 Horas. Páreo duro para qualquer um, exceto talvez a fraquíssima Constance Payton do recente e bom seriado State of Affairs – Assuntos de Estado, que dramatiza missões da agência de inteligência dos EUA, a CIA. A atriz Alfre Woodard que é apenas mediana se esforça, mas não consegue convencer como a mulher mais poderosa do planeta. Não fosse pela presença forte e competente da bela Katherine Heigl que a protagoniza, a série teria sido abreviada muito antes do que foi.